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daniel Miranda - conselheiro - jan/2023

esperança

Embora saibamos que nossa preocupação deve ser com o presente, porque o que fizemos no passado não pode ser alterado e o futuro depende do que fazemos hoje, ainda assim é natural que, com a chegada dessa época do ano, a época natalina e da festa do final do ano, dois sentimentos comecem a nos envolver. O primeiro de retrospectiva, que nós faz olhar para o passado, e outro de expectativa, que nos faz olhar para o futuro.

Em relação ao primeiro, analisando pelo ponto de vista do Lar Espírita Vinha de Luz, podemos dizer que o ano de 2022 foi melhor que o ano de 2021.

No início de 2021 quase não haviam atividades presenciais. Já no início de 2022, às segundas-feiras tínhamos a explanação do evangelho, os estudos das obras do Kardec, o estudo das obras de André Luiz e a mocidade com os jovens.

Apesar de termos essas atividades, nem tudo estava funcionando. A evangelização infantil estava interrompida, a Assistência presencial estava parada, a venda dos pães estava suspensa, nosso passe era coletivo, o tratamento espiritual e exercício mediúnico não tinham recomeçado, nossa noite da pizza foi delivery.

Com o tempo tudo foi melhorando. Retomamos a evangelização infantil, a assistência presencial, a venda dos pães ... o passe voltou a ser na sala, o tratamento espiritual e exercício mediúnico foram reiniciados, a feijoada e noite do pastel foram presenciais.

Agora observando essa confraternização com tanta gente, fica a seguinte pergunta: "Podemos dizer que o Vinha de Luz voltou ao normal? Ou podemos dizer que o Vinha de Luz tem um novo normal?"

A casa na pré-pandemia era diferente. Poucas coisas eram digitais. Começamos a pandemia parados, talvez achando que o período de isolamento social seria menor do que de fato foi.

Depois ... o Vinha de Luz mudou e teve que se adaptar ao mundo digital. Começamos com um grupo no WhatsApp, no qual recebíamos dois vídeos semanais (às terças e quintas-feiras) com cinco minutos de evangelho. Depois começaram algumas reuniões pelo 'zoom'. A palestra sobre o Livro dos Espíritos, (segunda-feira) começou a ser gravada. Agora gravamos o Evangelho e também o estudo das obras de André Luiz (segunda-feira), com transmissão ao vivo pelo Youtube.

Nossas redes sociais foram ampliadas. O Facebook não está mais sozinho. Nasceu o perfil no Instagram. Nosso site foi repaginado, e canal do YouTube tem vida própria.

Algumas pessoas dizem que ... "uma grande mudança é precedida do caos", outros dizem que ... "depois da tempestade vem sempre a bonança". Seja o que for, o Vinha de Luz ampliou sua voz.

A parte digital possibilitou que pessoas de outros estados conhecessem e ouvissem o Lar Espírita Vinha de Luz. Possibilitou a presença de novos frequentadores (certamente os amigos que servem a água que é fluidificada após o passe, saberão informar o quanto foi esse aumento). Surgiram novos voluntários ... enfim a função social da casa vem se ampliando.

Com essa ampliação, podemos ajudar ainda mais, a propagar com responsabilidade, a doutrina espírita. Temos mais voluntários para a assistência presencial. Podemos ser parte do instrumento necessário para a mudança do planeta de um “mundo de expiação e provas para um mundo de regeneração”. Afinal, essa mudança só ocorrerá quando nós mesmos mudarmos.

A mudança ocasionada pela pandemia não se restringiu ao Lar. Ela chegou na sociedade como o todo, começando pelo mundo empresarial. Algumas empresas instalaram e conservaram o home office, outras instalaram o sistema de produtividade por metas, sem necessidade de cumprir horário na empresa. Com essas mudanças, muitos trabalhadores, executivos e até mesmo empresários puderam conviver mais tempo com a suas famílias, conviver mais tempo com essas pessoas que não à toa nasceram no mesmo lar para juntos edificarem o amor.

É verdade que com a obrigação do convívio, alguns casais se separaram. Mas sabemos, por ensinamentos do mestre e do consolador prometido, que não se separa o que Deus juntou, ou seja, as famílias unidas na base do amor apenas se fortaleceram ainda mais.

O convívio familiar fez com que a "célula família" fosse reforçada e esta reforça todos os órgãos do todo, do "organismo", que é a sociedade.

Estamos longe do ideal, mas não estamos parados e isso reforça nossa ESPERANÇA de seguir buscando ... porque sabemos que "buscai e achareis".

Já que falamos de "esperança", podemos falar do segundo ponto que surge nessa época do ano ... que é a "expectativa".

Sabemos que no final do ano a esperança aumenta, seja pela expectativa que uma mudança de ano ocasiona, seja pela data festiva que, independentemente de ser ou não a verdadeira data do nascimento do Mestre, é o período que comemoramos o início da encarnação de Jesus, e isso por si só já é ótimo, pois gera mais compaixão, fraternidade, além de uma dose maior de esperança.

Sabemos que a maior mensagem de esperança, se não foi iniciada, certamente foi fortalecida no sermão da montanha e foi continuada durante toda passagem do mestre na terra, é seu ápice durou até o dia do calvário. Essa mensagem é propagada até hoje com o evangelho e o consolador prometido.

Sabemos que Jesus pregava aos infortunados do mundo e a mensagem ... “bem-aventurados os pobres de espírito porque é deles os reinos do céus”, certamente é a mensagem mais esperançosa que já foi dita aqui na Terra. Ela foi dirigida aos infortunados da época, e continua chegando a todos os infortunados da atualidade.

A esperança aparece outras passagens bíblicas.

Na primeira epístola de Paulo aos Coríntios, no capítulo 13, versículo 13, o apóstolo dos gentis diz: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três, mas a maior destas é a caridade.”

Se esperança é tema recorrente na Bíblia, então esse tema não poderia ficar ausente na codificação espírita.

No capítulo 19 do Evangelho Segundo o Espiritismo, denominado “A fé transporta montanhas”, há um tópico intitulado: “A fé, mãe da esperança e da caridade”. O espírito que passa a mensagem é o espírito de José (Espírito protetor) e ele diz: “Essas três virtudes são uma trindade inseparável".

Se fé, esperança e caridade são uma trindade inseparável e sabemos que fora da caridade não há salvação, então também não haverá salvação sem a fé ou sem a esperança.

O Espírito da Verdade também toca no tema "esperança" no Livro dos Espíritos. Na pergunta que Kardec questiona porque a morte causa tanta preocupação e o Espírito da Verdade conclui sua resposta da seguinte forma: “A morte não inspira nenhum temor ao justo, porque com a fé, ele tem a certeza do futuro, a esperança lhe acena com uma vida melhor e a caridade cuja lei praticou, dá-lhe a segurança de que não encontrará, no mundo que irá entrar, nem um ser cujo o olhar deva temer”.

Vou repetir a parte da esperança: “A esperança lhe acena com uma vida melhor”. A esperança acena ao justo uma vida melhor. A esperança é inerente ao justo e lhe dá a certeza que a vida vai melhorar.

Nos últimos anos estamos vivemos momentos difíceis, momentos de dúvidas. Isso fez com que muitos corações bons desacreditassem do futuro da humanidade, mas nós que conhecemos o Evangelho não podemos perder a esperança, não podemos duvidar. Porque o maior fardo que alguém pode ter ... é viver sem esperança, pois ela representa uma força, uma luta. Se não temos contra o que lutar, a vida não faz sentido.

No livro "Renúncia", psicografado por Chico Xavier, de autoria de Emmanuel, Alcione, que é o espírito bem-aventurado da obra, diz: “Viver sem esperança é o maior de todos os males". Enfim, não podemos ter esse mal.

A mudança do mundo, depende da mudança de cada um de nós. Dessa forma, se acreditamos que nós podemos mudar, temos que ter a certeza na possibilidade da melhora do mundo, ou melhor, temos de ter a esperança que podemos trabalhar na melhora do mundo.

Vimos pelo próprio exemplo do Vinha de Luz, que as dificuldades dos últimos dois anos serviram para mudar a casa. Vimos também que o ambiente profissional mudou, o ambiente familiar mudou ... e isso de forma paulatina irá mudar a sociedade.

Não há motivo para não acreditarmos na fé, na esperança, na caridade. Não há motivo para não crermos na trindade inseparável.

Que o sentimento desse momento do ano perdure dentro de nós, renovando as nossas esperanças no Lar Espírita, no ceio familiar e dentro da sociedade, nos fazendo agir, porque a esperança não é estática. Ela é dinâmica, não é passiva. Ela é ativa, pois o Mestre disse ... “pedi e dar-se-vos-á e buscai e achareis e batei e abri-se-vos-as”.

Essa fala do Mestre inspira o próprio conceito de esperança que ouvimos nas palestras atuais ... que ela deriva do verbo “esperançar”. Mas isso, que vem ganhando força atualmente, já foi dito há dois mil anos ... só falta colocarmos em prática.

Que possamos continuar "esperançando". Que possamos continuar trabalhando para nosso aprimoramento individual e na melhora do planeta. Que a esperança, aliada a sua "mãe" fé, e a sua "irmã" caridade, se instalem em nossos corações e renove as nossas energias e que possamos seguir na certeza de um futuro melhor.

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