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Deus é o suficiente

Textos selecionados sobre temas relevantes para avaliação, reflexão e incentivo à pesquisa e aprofundamento.
Achilles Romanato Pandini - conselheiro deliberativo - maio/2023

deus é o suficiente

"Tudo passa ... exceto Deus. Deus é o suficiente".

(Emmanuel)

1) O QUE É DEUS? 

DEUS é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

4) ONDE PODEMOS ENCONTRAR A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS?

Num axioma que aplicais as vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá.

Nota de Kardec: Para crer em Deus, é suficiente lançar os olhos às obras da criação. O Universo existe, ele tem portanto, uma causa. Duvidar da existência de DEUS seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pode fazer alguma coisa.

Acima, as questões 01 e 04 de 'O Livro dos Espíritos', nos informa sobre a maneira de vermos e crermos na existência de DEUS: é observarmos a nossa volta, e constatarmos que aquilo que não foi feito pelo homem, só pode ser obra de DEUS. Em lógica elementar, o 'nada' não tem como fazer qualquer coisa, uma vez que ele não existe, e atribuir inteligência ao acaso é um absurdo também. 

A afirmativa de Emmanuel nos recorda, em rápidos pensares, o transitório das coisas da vida material.

Posições sociais: fugazes, pois dependentes de quanto se é interessante aos outros.

Títulos honoríficos: antecedem o nome de quem o porta, dando-lhe uma certa pompa. Nada mais.

Títulos profissionais: apenas indicadores do orgulho da profissão, não necessariamente retratando a real competência.

Fortuna: grande responsabilidade, à qual quase nunca se consegue honrar. Extremamente interessante aos “amigos de ocasião”, os bajuladores. Esvai-se com muita facilidade, independente das dificuldades para granjeá-la.

Vida na carne: esvai-se, definha-se a pouco e pouco, com o passar do tempo, a velhice, as doenças.

Tudo aquilo a que se demonstra apreço na vida terrena, tudo que se julga importante, tudo sem exceção, passa. De uma forma inexorável. Tudo se esvai, fugindo de um pretenso controle, como água que escorre pelos vãos dos dedos.

Quanto mais estejam os espíritos vinculados à matéria, maior é o apego a valores de aparência. Títulos honoríficos, posição social elevada, títulos profissionais enfim, posição de destaque diante dos homens apenas retratam a posição de grandes iludidos pelas coisas da matéria, sem se aperceberem das coisas do Espírito. Nesta circunstância o fugaz parece eterno. Ledo engano.

Nesta posição espiritual, são tais quais os espíritos citados pelo Espírito da Verdade na questão 191 de “O Livro dos Espíritos”:  Têm infância espiritual relativa. Isso porque apresentam algum progresso, denotando terem “paixões”, esclarecendo que as paixões são sinais de desenvolvimento, de alguma evolução, pois demonstram atividade e consciência do “eu”; consciência de si mesmo. Já se está no limiar do entendimento de serem espíritos em evolução. Em breve já terão condições de escolha do que fazer.

Da mesma forma, a afirmativa de Emmanuel nos proporciona ideias pelo outro vetor da vida, a respeito do transitório de nossa pequenez.

Ignorância: passa à medida do empenho em adquirir conhecimento, saber.

Intolerância: passa à medida que, pela experiência de viver, seja na convivência com pessoas difíceis, seja no amadurecimento pelo conhecimento, melhora-se o sentimento.

Egoísmo: Passa à medida que se é colocado pela vida diante do cadinho da dor, seja por problemas familiares, seja por conflitos íntimos. Isso proporciona o entendimento de si mesmo, e possibilita a compreensão do próximo tal qual ele é.

Orgulho: Passa à medida que se consegue dar aos semelhantes, também sofredores, amor e compaixão, em doações por atos de caridade pura

Paz interior: Crescerá na medida da prática da caridade, do hábito da prece, oração, conversa com Deus, diariamente. Seja para o agradecimento, louvor ou ainda o pedido de socorro. Por ela, o coração se aquietará e as lutas contra os próprios defeitos serão enfrentadas com galhardia.

Ao adentrar pelas “coisas” do espírito, consegue-se perceber quão fugazes são as coisas da matéria. E a perenidade das coisas do espírito, das coisas de Deus

Tanto para a situação de grande iludido pela vida material, como para a de conhecedor de ser um espírito, ainda mais uma vez, Kardec nos ilumina os caminhos.

Na questão 132, de “O Livro dos Espíritos”, quando trata do objetivo da encarnação dos Espíritos na face da Terra, o Espírito da Verdade nos informa que a encarnação é o meio para alcançar a perfeição, com todas as vicissitudes que ela apresenta. Afora isso, coloca o espírito em condições de executar suas tarefas na Obra da Criação, além é claro, de passar pela fieira da evolução, cumprindo sob esse ponto de vista, as ordens de Deus.

Na introdução de “O Livro dos Espíritos”, no item VI, onde é apresentado um resumo da doutrina dos Espíritos, Kardec nos esclarece: “O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo. O mundo corporal não é senão secundário; poderia cessar de existir, ou não ter jamais existido, sem alterar a existência do mundo espírita”.

Observe-se que o despertar para as coisas do Espírito, proporciona a caminhada para o entendimento, pequeno ainda, de Deus. Apenas confirmando a marca do criador em sua criatura. Tal entendimento à medida que se desenvolve, leva a deixar de lado o Deus 'chefe de tribo', presente no velho testamento, no qual o poder era discriminatório e arbitrário, punindo ou premiando de forma material e palpável, passando a tê-Lo como o Deus Pai, Aquele que perdoa, que É magnânimo que dá a segunda chance a quem erra. Enfim, aquele Deus que foi ensinado pelo maior e mais avançado Espírito que encarnou na Terra, Jesus Cristo.

Já com o conhecimento da Doutrina dos Espíritos, a condição de entendê-Lo, passa a ser real, principalmente quanto aos raciocínios sobre a Lei de Causa e Efeito.

Aí se consegue 'ver' que ... “tudo passa”. Inexoravelmente tudo é transitório na vida material. Somente as coisas de Deus são permanentes.

Pode-se então raciocinar com Emmanuel: "Tudo passa ... exceto Deus. Deus é o suficiente".

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