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coma profundo
Achilles Romanato Pandini – março de 2006

o retorno

Em 05 de outubro de 2.005, foi noticiado pela mídia, em nível mundial, um fato ao menos inusitado, por se tratar do retorno à vida, de uma pessoa que tecnicamente estava morta.

A notícia dizia apenas que:

“Italiano desperta de coma e diz ter ouvido tudo.”

Um italiano que passou quase dois anos em coma profundo e era tido como um caso perdido pelos médicos despertou dizendo ter ouvido e entendido tudo o que se passava ao seu redor durante esse longo drama, segundo seus familiares.

“Os médicos diziam que eu não estava consciente, mas eu entendia tudo e gritava desesperado”; conta ele.

O próprio paciente, Salvatore Crisafulli, classifica o seu retorno à vida como um “milagre” o que prova não existirem causas perdidas. Esta notícia surge num momento em que uma comissão nacional de bioética discute na Itália uma lei sobre a eutanásia e defendeu em relatório preliminar a obrigatoriedade dos cuidados a pacientes inconscientes, mesmo aqueles contrários a medidas médicas extraordinárias para mantê-los vivos.

Essa comissão servirá de balizamento aos parlamentares. “Alimentar um paciente inconsciente por meio de um tubo não é um ato médico”, disse o presidente da comissão, Francesco D’Agostino.

“É como dar uma mamadeira a um recém-nascido que não pode ser amparado por sua mãe.”

O fato apenas confirma Kardec. A confirmação de que existe algo mais além do corpo, e que esse ‘algo mais’ é independente e sobrevivente ao corpo. Apenas identifica a nossa existência por traz do corpo (nós espíritos), fazendo-o manifestar-se inteligentemente.

Para nós a luta pela vida vale até o último suspiro por termos consciência de que a reencarnação é uma bênção, e uma oportunidade ímpar para a nossa evolução. O fato, independentemente de ser considerado ou não um milagre pelos envolvidos, o retorno do espírito ao corpo após o coma profundo, demonstra cabalmente que a vida humana deve ser preservada a qualquer preço.

Isso nos leva a considerar que a Doutrina dos Espíritos é a mais consoladora, pois, apenas por raciocínio, não temos dúvida, por menor que seja, sobre nossa ligação (do espírito) com o corpo, enquanto este tem vida, mesmo que tecnicamente vegetativa.

Sabemos que nos afastamos do corpo, após a morte deste, e nunca ao contrário. Kardec nos ensina que no caso do corpo estar impedindo a manifestação do espírito, este se mantém consciente, tomando conhecimento do que acontece ao seu redor por si mesmo, e se existe o “acordar”, o “retorno”, é porque o espírito não havia se desligado. Consultemos Kardec, em “O Livro dos Espíritos”:-

Q. 422 – Os letárgicos e os catalépticos veem e ouvem geralmente o que se passa em torno deles, mas não podem manifestá-lo; é pelos olhos e os ouvidos que o fazem?

Não; é pelo Espírito. O espírito está consciente, mas não pode comunicar-se.

Q. 422-a – Por que não pode comunicar-se?

O estado do corpo se opõe a isso. Esse estado particular dos órgãos vos dá a prova de que existe no homem alguma coisa além do corpo, pois o corpo não está funcionando e o Espírito continua a agir.

Q. 423 – Na letargia, o Espírito pode separar-se inteiramente do corpo, de maneira a dar a este todas as aparências da morte, e voltar a ele em seguida?

Na letargia, o corpo não está morto, pois há funções que continuam a realizar-se; a vitalidade se encontra em estado latente, como na crisálida, mas não se extingue. Ora o Espírito está ligado ao corpo, enquanto ele vive; uma vez rompidos os laços pela morte real e pela desagregação dos órgãos, a separação é completa e o Espírito não volta mais. Quando um homem aparentemente morto volta à vida, é que a morte não estava consumada.

Para complementar, o dicionário médico aponta a respeito do COMA:

“Perda da consciência, da mobilidade e da sensibilidade, com manutenção das funções vegetativas. (…)”

(Dicionário Médico da Enciclopédia Médica da Família – Edita. Melhoramentos).

É … Quando se vê notícia como esta, quase todos se espantam. Mas … aí está Kardec, que já em 1857, (sim!!! 1857, século 19), nos dizia que o espírito enquanto encarnado, ligado ao corpo, de tudo se apercebe e a notícia apenas confirma que mais uma vez, KARDEC tem razão.

Os fatos por si só nos dizem o quanto a doutrina dos espíritos é consoladora. Devemos ainda aprender que a vida apenas DEUS nos dá e apenas DEUS nos tira.

Bem … o resto é conversa mole.

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