A fragilidade é uma característica do que se quebra facilmente porque é frágil.
O Mestre Jesus já dizia que deveríamos amar uns aos outros. E para amar o próximo é preciso também aprender a amar a si mesmo.
Amar o próximo significa aceitar as limitações do outro, lembrando que nós também as temos. Significa compreender que o outro pode ter comportamentos, posicionamentos, valores morais diferentes dos nossos e ainda assim tomarmos atitudes que permitam manter uma convivência pacífica e respeitosa.
Amar a si mesmo, o autoamor, é também reconhecer e aceitar as nossas próprias limitações, compreendendo que ainda estamos numa condição da aprendizes, buscando a melhoria a cada dia.
Essa condição de convivência entre pessoas tão distintas, como já sabemos, não é aleatória, muito menos acidental, mas sim uma oportunidade de aprendizados e resgates de "dívidas" adquiridas em encarnações anteriores. Acasos não existem.
Muitas pessoas procuram a Casa Espírita, sentindo-se vítimas da injustiça, alegando que suas dores são provocadas pelos outros. Desconhecem ou esquecem da Lei de Causa e Efeito, bem como dos planos e objetivos da reencarnação. Desta forma, rendem-se ao desespero, ao desalento, duvidando da misericórdia e da Justiça Divina. Ficam fragilizadas.
É nesse momento, buscando acolhimento e apoio numa Casa Espírita, que encontram o Atendimento Fraterno.
Quem procura o atendimento fraterno:
Terá a oportunidade de expor seus sentimentos, dúvidas, angústias, problemas, etc.
Será ouvido atentamente por uma pessoa qualificada, com respeito e empatia, sem julgamentos, a fim de preservar o direito ao seu livre arbítrio.
Receberá orientações sobre formas de conhecer, estudar e utilizar os ensinamentos da Doutrina Espírita.
Será convidado a conhecer os trabalhos desenvolvidos pela Casa Espírita.
Será alertado que não há prescrição de chás, medicamentos, terapias, médicos ou terapeutas.
Para acolher essas pessoas fragilizadas que procuram a Casa Espírita, é preciso que o colaborador receba um treinamento específico, que o capacite realizar o atendimento fraterno. Desta forma, ele conseguirá acolher com empatia a pessoa que busca auxílio, preservando sua integridade e equilíbrio interno.
O colaborador terá habilidades para ouvir atenta, interessada e respeitosamente:
Sem opinar ou dar palpites pessoais.
Evitar conflitos.
Manter sigilo, preservando o outro com suas particularidades, maturidade emocional e sua liberdade de escolha.
A Casa Espírita "não tem fórmulas prontas" para suprimir as dores de quem a procura, mas:
Será capaz de acolher sem julgamento, com respeito e consideração, sob a luz do Evangelho, que será oferecido à medida que puder ser recebido, sem imposições, no tempo e conforme a necessidade de cada um.
Oferecerá esclarecimentos conforme o interesse de quem procura ajuda. Em "doses", conforme a capacidade de absorvê-las, para manter sua integridade e equilíbrio, sem prejuízos.
Por amor e em respeito a quem busca acolhimento:
Suas queixas serão ouvidas sem comparações. Afinal, cada dor é única para quem sente.
Oferecemos fé, a força da bondade e da esperança, a quem por vezes está cansado, triste, desorientado ou doente.
Traremos alívio às dores, com doses de compreensão.
Cris Nogueira - Jundiaí, 8 de Setembro de 2023 - (fonte: Revista Letra Espírita - ano 5, nº 59)
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